Indicação de banda: Hatebreed

Um belo dia (mais precisamente, em 19 de outubro do ano passado), eu liguei a TV e comecei a assistir a transmissão do primeiro dia do Monsters of Rock - o qual, até então, eu não dei muita atenção, devido ao setlist ser mais focado em bandas recentes que, embora eu goste, não eram meu maior interesse na época. Logo que a banda entrou no palco, as roupas de seus integrantes me chamaram a atenção: camisetas do Obituary, Cro-Mags e Exodus! Prestei mais atenção ao som e gostei da performance, mas não vi até o final. Quando voltei para casa, daquele mesmo dia, estava com uma das músicas da banda na cabeça, e na semana seguinte (fui ao Monsters no dia seguinte e vi shows indescritíveis de uma proximidade mais inacreditável ainda) decidi pesquisar. A banda? Hatebreed. A música? "In Ashes They Shall Reap".

Primeiro, me surpreendeu que uma banda nova fizesse um som tão fiel ao hardcore clássico, mas alguns minutos de pesquisa me apontaram que a banda já tinha 19 anos de carreira. Após algumas semanas, me tornei uma grande fã da banda, e queria dividir esta descoberta com mais pessoas. Antes de mais nada, uma biografia:

Formada em 1994, em Connecticut, Estados Unidos. Lançou seu primeiro disco em 1997, chamado de Satisfaction is the Death of Desire, pela Victory Records, selo que já abrigou grandes nomes do hardcore como Bad Brains e Madball, além de nomes mais populares hoje em dia, como A Day to Remember. Tiveram grande apoio de bandas como Korn e Slipknot no começo da carreira, e suas turnês com grandes nomes como Slayer e Napalm Death, que expuseram o grupo a um público que não o do hardcore. Seus integrantes atualmente são Jamey Jasta no vocal, Frank Novinec e Wayne Lozinak nas guitarras, Chris Beattie no baixo e Matt Byrne na bateria.

Apesar de ser considerada uma banda de hardcore, é inegável dizer que existe muita influência do thrash metal no som do Hatebreed, principalmente nos riffs de guitarra e batidas de bateria, que levam a aceleração do hardcore e o peso do thrash. Já lançaram seis discos de estúdio: Satisfaction is the Death of Desire (1997), Perseverance (2002), The Rise of Brutality (2003), Supremacy (2006), Hatebreed (2009) e The Divinity of Purpose (2013), além de um excelente álbum de covers, For the Lions (2009), homenageando as bandas que os influenciaram, e um DVD ao vivo, Live Dominance (2008).

Eles já estiveram duas vezes no Brasil: uma com o Agnostic Front e outra no Monsters of Rock, mas a próxima visita está bem próxima - em setembro, com o Napalm Death abrindo seus shows. Para qualquer fã de música pesada, que deixou de lado a descoberta de bandas atuais por causa da ascensão do cenário metalcore, é uma ótima recomendação. Todos os álbuns são maravilhosos, mas eu queria destacar a genialidade de For the Lions. Eu adoro covers, e essa revisitação de bandas como Suicidal Tendencies ("Suicidal Maniac"), Metallica ("Escape"), Slayer ("Ghosts of War"), Obituary ("I'm in Pain") e D.R.I ("Evil Minds") com a própria pegada característica da banda é deliciosa para qualquer amante do hardcore.


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